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A morte é o maior presente que temos na vida

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  Tem dias que eu acordo, olho para a janela, e simplesmente começo a pensar na minha própria existência. Por que estou aqui? Por que tenho amigos? E família, o que é isso exatamente?! Fico me perguntando tudo, porque se você parar pra ver, teremos mais dúvidas do que respostas. Mas a vida é assim mesmo, e eu aprendi que devemos encará-la da mesma forma que elas nos encara: de jeito maluco e imprevisível. Adoro agarrar uma oportunidade que eu jamais tinha cogitado, de mudar a vida de uma semana para outra; de olhar pros meus irmãos; sorrir com eles e meus pais; agradecer a vida que graças a Deus tenho, olhar para o sol e agradecer... Tantas coisas... Amo sentir as coisas. Tocar nos objetos e senti-los por inteiro. Sentir-se presente naquele lugar, horário e dia. Nada daquilo volta. Aproveitar os momentos da vida de forma plena, sabe? Sem desvios de atenção, só puro foco. Pedalar para o trabalho de bicicleta olhando as pessoas, o trânsito, os carros... Sorrir para quem encontro no ônibu

Por que eu odeio rotina?

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Eu costumo usar a internet para quase tudo. Acho que todo mundo, né? Chega um momento que você acaba se deparando com uma situação até cômica: um monte de caras esquisitos começam a aparecer falando de rotina (banho frio, academia, bons livros — que são sempre aqueles de filósofos que nem eles leram completamente), ou sobre como ser alguém de respeito. Nunca gostei deste tipo de vídeo, mas do clássico "critico mas consumo", sempre confiro para dar risada do que os caras falam. Sei que rotinas são essenciais, mas para mim, não. E tenho certeza que tem uma cambada de gente por aí que não se dá com esses horários e coisas já pré-estabelecidas. Tenho fobia das tarefas já definidas. Por que que na segunda eu tenho que falar x, e na terça, às 11h34 da manhã, tenho que fazer y? Entrar numa rotina é a mesma coisa que cometer suicídio. Eu me prendo numa vida sem graça e sem novidades, além de me frustrar muito quando a rotina é desfeita por algum evento inesperado. Fiquei doente, hosp

Fazer merda na vida é essencial

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  O texto de hoje é curtinho, mas acho ele essencial para quem está lendo o que escrevo. Muita gente que eu conheço conta para mim que se arrepende de váris coisas feitas — tanto na infância quanto na adolescência, sempre há algo que a pessoa se arrepende de ter feito para todo o sempre. Lembro de na minha adolescência ter cometido um erro terrível de rebeldia, mesmo sendo o garoto educado e recatado do lar. Participei, em 2018, de uma instituição que pegava jovens carentes (eu estava incluso) para inserção no mercado de trabalho. Entrei em fevereiro daquele ano, e lembro do terror — tinha que me transferir para o período noturno da escola, ficava quase um período integral na instituição que chamarei de "EMPREGO E CIA" (ou ECIA), tinha que quase raspar o cabelo (era regimento da ECIA que meninos tivessem cabelo na 0, 1 ou no máximo 3, e isso para mim já era ser careca), além de serem educadinhos e darem lugar para os mais velhos no ônibus (não obstante, tínhamos que andar com

Ciclos

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  Imagine andar de bicicleta em círculos por mais ou menos três anos. Doideira, né? Sem querer fazer você estranhar ainda mais o que eu disse, mas tem gente que anda em círculos de "bicicleta" por mais do que só três anos. Quando eu digo andar de "bicicleta", me refiro a caminhada que nós fazemos enquanto seres vivos. A nossa vida, trajetória... Início, meio e fim. Tudo tem esse ciclo, nasce, vive e morre. NASCE, VIVE E MORRE! NASCE, VIVE E MORRE! NASCE, VIVE E MORRE! Até hoje, não consegui conhecer pessoalmente ninguém imortal, e se alguém deste tipo existe, não ficarei vivo por tempo suficiente para descobrir (a não ser que eu seja esta pessoa, e nem ao menos perceba isso!). Como disse numa postagem passada, a vida é curta demais para se preocupar com alguns problemas — não podemos jogá-lo para fora do campo, mas precisamos saber lidar com eles porque nada mais são do que pequenas pedras numa estrada não pavimentada. Ainda em 2019, enquanto adolescente, tive que t

Por que eu sou eu mesmo?

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Há muito tempo, quando eu tinha só meus dezoito anos, eu entrei num embate entre mim e eu mesmo. Posso considerar que são duas pessoas diferentes, porque o mim falava que eu tinha que fazer tal coisa, tal coisa e tal coisa. O eu, não. Já era mais coração, ele falava que eu tinha que seguir a minha intuição e mostrar quem de fato sou. Você lendo essa história, sabe bem qual é o lado que eu devo escolher. Mas, para mim, não era tão claro assim. Eu sempre fui um cara muito estranho. Eu gosto de tudo o que é diferente. Eu tenho, por exemplo, um estojo no formato de peixe. Já tive caixinha de som no formato de leão, gosto de música alternativa, gosto de tudo o que não é tradicional. Pensa no seguinte: se eu só tenho uma vida, por que que eu tenho que ter uma vida igual a de todo mundo? Só por esse fato, só por eu ter falado isso, você já deve saber o lado que eu escolhi. Só que até chegar lá, foi todo um processo, não foi nada decidido de um dia pro outro. A começar pelo estilo das roupas,

Ovelha Negra

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Oh, mulher do cabelo pintado Penso todas as noites o que eu poderia ter sido Já me encontro perdido e já tentei me encontrar Fui o membro da família que todos quiseram renegar E o pior é que eu perdi também muito tempo Tentando entrar nos padrões e nos conceitos Mudarei primeiro pelos cabelos Que serão tingidos de tom vermelho. Allissom André

O amanhã é o novo ontem

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É engraçado e hipócrita como o ser humano é e age Se antes faziam revoluções contra o meio e o modo de pensar Hoje são os primeiros a reprimir e julgar o que é "diferente" Nossa, que hipocrisia! Criticam-nos, jovens, porque dizem que estragamos a sociedade Mas não se lembram que seus avós diziam o mesmo deles E que eram tratados como 'rebeldes' Hoje são 'velhos reclamões' O tempo avança e o ser humano regride Parece ser uma regra O amanhã é o novo ontem Não há diferença Tudo sempre será igual. - Allissom André

MUITOS OLHOS E POUCAS BOCAS

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RETIRADO DO LIVRO: "CONFLITOS E CONFLITOS DE NOVO"   De repente me senti um ninguém. E não foi no meu quarto grande e escuro na calada da noite que tive essa epifania — não estava sozinho nem muito menos acompanhado. Estava rodeado de pessoas, mas ninguém estava comigo. Eu estava num lugar que muita gente frequenta, às vezes todos os dias, e encontra muita gente diferente. Às vezes, rolam diálogos como: “O dia hoje está bem ensolarado”, ou “A manhã foi muito chuvosa”, conversas rasas que não levam a lugar algum, apesar de eu estar em um local que me leva a algum lugar. Como eu disse, ninguém se interessa de verdade por ninguém. Me sentei em um dos acentos e olhei para o lado de fora. Vi o mundo passar! As pessoas andavam com pressa, cada uma com suas vidas, surgiam de um lado e do outro, gente de todo o tipo. E ninguém ligava para ninguém. Um homem estava dançando todo contente do outro lado da rua — as pessoas passavam, olhavam, mas depois de um tempo, esqueciam. Tinha um se